Boa parte do planeta promove neste mês o Outubro Rosa, movimento cujo objetivo é alertar as mulheres para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Esta doença é rara antes dos 35 anos, mas, acima desta faixa etária, a incidência aumenta muito. Cânceres de mama diagnosticados no começo, você sabe, têm maior chance de cura e menor risco de deixar sequelas.

O Brasil promove neste mês, com boa parte do mundo, o chamado Outubro Rosa, movimento criado em 1990 nos Estados Unidos cujo objetivo é alertar a população feminina para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Este câncer é o mais comum nas mulheres e, se diagnosticado no começo, tem maior chance de cura e menor risco de deixar sequelas.

Todo o trabalho de esclarecimento ocorrido nas últimas décadas, aliás, produziu uma boa conscientização sobre o câncer de mama, como se manifesta e a importância de diagnosticá-lo logo no início. Também levou ao aumento do número de casos descobertos na fase inicial, melhorou o atendimento às portadoras e o tratamento e ainda evitou muitas mortes. Mas, infelizmente, não levou à diminuição da incidência. Ao contrário: pela disseminação do conhecimento sobre a doença e a melhoria no registro dos casos, até se diagnostica mais. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama responde por 27,9% de todos os tipos que ocorrem na mulher. A estimativa é de que haverá neste ano 52680 casos novos no País. É raro antes dos 35 anos, mas, acima desta faixa etária, a incidência cresce rápida e progressivamente, com o pico por volta dos 50 anos de idade.

Embora seja incomum, o câncer de mama ocorre também em homens. Ainda não se descobriu a causa da doença nas mamas. Mas se sabe que 10% dos casos são transmitidos geneticamente. Sabe-se igualmente que só cerca de 10% das mulheres que têm os genes BRCA1 e BRCA2 alterados a desenvolvem. Estão mais suscetíveis aqueles que têm história do câncer de mama na família; pessoas com muitos tipos diferentes de câncer na família; mulheres que fazem reposição hormonal no período da menopausa; aqueles que se expõem frequentemente a radiações; obesos; quem consome em demasia alimentos que têm gordura animal; e mulheres que não tiveram ou tiveram poucos filhos.

O câncer de mama inicial não produz sintomas e em geral é descoberto ao se fazer algum exame da glândula. Nódulos com mais de 1 centímetro já são perceptíveis ao tato. Outros sintomas, que ocorrem sobretudo nas fases mais avançadas da doença, são: saída de líquido cristalino ou com sangue da mama, inchaço, feridas e retração na pele e aumento do volume dos gânglios nas axilas.

O câncer de mama pode ser muito mutilante e até matar. Como não se sabe o que o causa, não pode ser evitado. Mas é possível diminuir a suscetibilidade praticando atividades físicas, controlando o peso, alimentando-se de maneira saudável, evitando se expor a radiações e não repondo hormônios sem a indicação de um médico. Pessoas que têm os genes BRCA1 e BRCA 2 podem consultar um geneticista e avaliar a necessidade de, quando chegarem a uma idade de maior risco, fazer mastectomia profilática. Pessoas com história da doença na família ou mais suscetíveis a desenvolvê-la devem fazer checkup na periodicidade indicada por seu médico.

Homens e sobretudo mulheres com sintomas precisam consultar logo um especialista. Isso pode ser feito até no serviço público de saúde. A rapidez no diagnóstico, como disse, é fundamental para evitar tanto mutilações ? hoje reparáveis com a reconstrução das mamas, claro ? quanto o óbito.

Fonte: http://caras.uol.com.br/noticia/cancer-de-mama-e-o-mais-comum-e-o-que-mais-mata-mulheres-no-pais