Ultrassonografia, o método transvaginal é o primeiro exame a ser realizado quando se suspeita desta patologia, devido sua acurácia, inocuidade, baixo custo e a proximidade do transdutor com a anatomia dos órgãos pélvicos,permite estudos com mais detalhes na analise dos tecidos das diversas estruturas da cavidade pélvica.Quando for necessário devem ser usado o exame por via trans abdominal para massas acima de 10 cm.

As imagens são características, são os cistos denominados de endometriomas que são cistos de varias conformações, com ecos de baixas amplitudes e mutiloculados.

A Sensibilidade e Especificidade estão em torno de 80 a 90%, na diferenciação com outros cistos, alguns diagnósticos diferenciais devem ser realizados como os teratomas, cistos de corpo lúteos e cistos complicados (infecciosos), nestes casos devemos realizar ultrassonografias seriados para observar a evolução das imagens.

Nos casos em que suspeitamos de endometriose profunda, para o exame o preparo intestinal baixo (Fleet enema) deve ser orientado e realizado algumas horas antes do exame, facilitando a identificação dos processos infiltrativos nos ligamentos útero sacro, septo reto vaginal e parede reto vaginal com as suas características visíveis.

Ecoendoscopia, este método gera uma perspectiva em estudar com melhor relevância as lesões próximas à mucosa intestinal

Ressonância Magnética, é indicado para estádiar a endometriose em situações nos casos duvidosos ao US transvaginal, as indicações são no diagnóstico de endometriose profunda com invasão do trato intestinal,ou em outros locais fora da cavidade pélvica.

Diagnóstico Laparoscópico.
Jansen e Russel em 1986 fizeram comparações das lesões causadas pela endometriose conforme suas morfologias laparoscópicas.

Lesões vermelhas caracterizadas pela excrescência glandulares, petéquias e áreas hipervascularizadas são chamadas lesões em velas.

As denominadas lesões brancas são caracterizadas com opacicificações brancas, aderências subovarianas, lesões tipo café com leite e defeitos no peritônio. As lesões mais encontradas são as lesões brancas.

Endometriose profunda; é quando as lesões ultrapassam a superfície até atingir a estrutura muscular fazendo reação inflamatória local, causando retração e fibrose aos tecidos adjacentes. Dentro deste conceito foram denominadas o tipo de classificações.

Tipo 1 – possui uma morfologia cônica na superfície do peritônio conservando a anatomia pélvica.

Tipo 2 – há uma distorção da anatomia pélvica, com envolvimento por aderências do intestino, os ligamentos útero sacro e fundo de saco posterior.

Tipo 3 – a anatomia pélvica continua com sua morfologia, mas as lesões se localizam em região sub peritônio, dificultando sua identificação, sendo realizado somente com a inspeção da cavidade pélvico
Tratamentos:
Ausência de lesão sugestivo de endometriose nos anexos pelo US e dosagem de CA 125 menor que 50U/ml, conduta conservadora , com administração por 6 a 12 meses de contraceptivos hormonais orais combinados de baixa dosagem, e anti-inflamatórios não hormonais no período Peri menstrual.

US com sinais de endometriose e CA 125 maior que 100U/ml, a conduta é vídeo laparoscopia diagnóstico e terapêutico, após isto realizar tratamento clinico com análogos do GNRH, gestrinona e progestógenos com diferentes formas de administração, sendo oral, intramuscular trimestral, subdermica ou com DIU ou anticoncepcionais combinados.
Os análogos do GNRH são indicações na inviabilidade da ressecção cirúrgica completa, este procedimento dura de 3 a 4 meses após a 3º ampola com controle do estradiol sérico, e CA 1254 e US.

Em caso de falha de todos estes métodos, às mulheres acima de 35 anos que desejam engravidar resta a alternativa de fertilização assistida.

O tratamento cirúrgico é indicado nas endometrioses peritônial para remoções dos implantes, na endometrioses ovarianas, nas endometrioses profundas, requerendo neste ultimo uma equipe multidisciplinar sabendo da complexidade que abrange esta patologia.